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(Rute 1:16)

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Ser casal

A importância e a riqueza das diferenças

No relacionamento conjugal, cada qual contribui com sua forma de ser para o amadurecimento da relação e oferece ao parceiro incentivo para melhorar através dos aspectos que ele consegue dominar melhor.
Assim, por exemplo, se um é mais comunicativo, o outro poderá aprender, com o apoio dele, a se expressar com mais confiança. Se um dos parceiros lida melhor com os problemas relacionados ao controle financeiro, o outro terá, na convivência, inúmeras oportunidades de aprender a se organizar melhor nessa área. Se um deles possui um temperamento mais dinâmico, sendo mais entusiasmado, criativo e positivo, poderá ajudar seu parceiro a rever sua forma de enfrentar o mundo e auxiliá-lo a se tornar mais audacioso na conquista de seus ideais. E assim, nos mais diversos aspectos há aquele que é mais organizado, mais comprometido, mais afetivo, que é mais confiante ou sensato.
Cada um trará suas contribuições positivas e também negativas na convivência. É preciso ser seletivo para se deixar influenciar por aquilo que é positivo no parceiro.
As diferenças nos relacionamentos são importantes, porque elas servem para auxiliar no crescimento do parceiro. Quando, porém, as diferenças se tornam motivo de briga, disputa, inveja, cobiça; cada parceiro acaba anulando no outro aquela característica que ele gostaria de ter em si. Nesses casos, a relação se empobrece e ambos perdem a oportunidade de crescer um com o outro. Eles vão se afastando visto que a relação fica contaminada pela mágoa e pelo ressentimento.
O relacionamento a dois é um processo de construção diária e as diferenças entre o casal devem ser motivo para somar e não se constituírem em fonte geradora de discórdia entre os dois. Um casal se equilibra na soma de suas diferenças, no cuidado e no respeito à individualidade um do outro.
Cada conflito resolvido, satisfatoriamente, torna a relação mais rica, sólida e madura. A base de um casamento estável é o relacionamento aberto, franco e amoroso.
Cada conflito não resolvido ou mal resolvido, deixa resíduos que vão se acumulando e deteriorando a relação pouco a pouco, até miná-lo definitivamente. Crescem o rancor, a indiferença, a mágoa, o silêncio, a amargura e o ressentimento; e, com o passar do tempo, cada um vai se fechando no seu deserto pessoal e ambos acabam vivendo uma solidão a dois, que é ainda mais penosa que a solidão em si.
Se as questões difíceis do relacionamento não são resolvidas a contento, o sorriso, o afeto, a fineza, o carinho, a simpatia, a docilidade, a reverência e a sensibilidade desaparecem. No lugar, surgem o silêncio, a impaciência, a indiferença, a cobrança, a desconsideração...
Cada um deixa de ser prioridade na vida do outro, pois ambos desistem de investir na relação e acabam seguindo rumos diferentes, deixando perder a possibilidade do encontro verdadeiro.

Gilce F. Câmara Marchi - Psicóloga

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